quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Por Pouco

Direto eu faço isso 
Dizer que não ligo 
Que de tal pessoa não preciso 
Que me contento em ficar sozinho 
Que me contento em residir no meu mundo sombrio 
Que possui sinceridade o meu sorriso 
Mas, quem eu quero enganar? 
Sim, busco as demais pessoas alegrar 
Porém no fundo, estou a chorar 
Na solidão estou  anos a morar 
Em minhas rimas não há só alegria 
Não ha só harmonia 
Elas também guardam uma dor reprimida 
Mas quem diria que esse dia chegaria? 
Aquele menino que pela casa corria 
Que sorria, felicidade o perseguia 
Onde está aquele meu garoto 
Pois agora, faço sinal de socorro. 

Este ano eu fiquei entocado 
Olhando apenas para as paredes do meu quarto 
Como se eu fosse um bicho do mato 
Distante das correrias das pessoas, que movem a cidade 
Sinto como se fosse um senhor de meia idade 
No auge da loucura, temendo a rua 
Tentando evitar pensar com a mente insegura 
Talvez esteja buscando uma saída dessa tortura 
De sentir o nada 
Buscando uma fuga. 

Neste ano uma nuvem negativa sobre mim pairou 
Ela, por muito tempo me desanimou 
Me desmotivou, me desmontou 
Ao ponto de não saber onde estou 
E que, aquela luz que sempre nos momentos difíceis me iluminou 
Não se apresentou, e minha resistência se desmoronou 
Mas sempre beirando ao fim, me sentindo infeliz 
Eu consigo escapar das garras do vaco, por um triz 
Algo dentro de mim não me permiti desistir 
Não sei como esse "algo" consegue me impedir 
Talvez me dê sempre um alerta, pedindo para eu refletir 
Talvez seja o palhaço trancafiado, dizer que desejar ser libertado 
Aquele mesmo palhaço que quer ser amado 
Sim, aquele sujeito preocupado com a felicidade de alguém 
O mesmo clichê, "Querendo o bem" 
Quem sabe eu liberte ele de vez? 
Afinal, aos outros mal nenhum ele fez. 

Quem sabe até quando as correntes irão aguentar 
E quanto mais ele continuará a revidar 
Continuará a resistir, lutar, persistir 
O palhaço necessita fazer alguém sorrir 
Ele, ou melhor, eu quero ser assim!

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