segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Daqui a Cem Anos

A missão ainda não mudou
Eu nunca vou parar de te procurar
Afinal aqui eu ainda estou
Sinto que algum dia irei te encontrar
Infelizmente não posso dizer quando
Onde, que dia ou em que ano
A esperança é o que me move e me faz continuar
E mesmo repetindo incansavelmente o caminho que ando
Sei que haverá o dia, e ele vai chegar
Onde terei quem me abraçar, perguntar como está minha vida
E uma lacuna aqui dentro de mim será preenchida
Não é carência, é somente uma solidão intensa
Quem é social dirá que o drama me dominou
E que passo os dias pensando em um verdadeiro amor
Que eu ainda não desbravei, aquele que aqui escreverei
Tão inconveniente pensar que existe alguém no mundo para mim
Sabe? Que goste do que sou, que traga consigo cor
Posso muito bem ser infantil, inocente, ou até mesmo carente
Mas continuo pensando na expressão "a gente".

Talvez não exista tudo que está logo acima na escrita
Talvez estou me iludindo, confuso quanto uma tela de tinta
Mas não posso confirmar, e nem escrever sobre isso ainda
Pois como disse, acredito que terá "o dia"
Que duas vidas, duas trilhas, se tornarão companheiras
Sim, sim, isto tudo podem ser asneiras
Mas não estou impedido de sonhar
Não estou impedido de pensar e imaginar
Quem sabe exista? Quem sabe não?
Estou somente seguindo a voz do meu coração
Talvez ele me leve a um buraco sem saída
Ou quem sabe ele me direcione a tão sonhada "prometida"?

Não vou mentir, possuo uma certa dúvida pessoal
Será que algum dia encontrarei a "tal"?
E é um pensamento insistente
E sei que ela existe, por isso, sigo em frente
Afinal não penso em me tornar um desistente
Se for preciso eu lotaria este caderno completamente
Se for para me sentir bem ao escrever
Então assim eu continuarei a ser
Essa "tal pessoa" está por ai
E eu estou por aqui
Agora, será que o destino irá nos reunir?
Esta pode ser uma pergunta que começará a me perseguir
Mas é difícil, porém acredito que vale o risco, o esforço
O sacríficio para encontrar um ao outro
Mas é difícil, pois no caminho há espinhos.

Imagino alguém que não deboche de poemas
Textos com dedicatórias extensas
Alguém que não dará gargalhadas ao escutar "Eu te amo"
Alguém que saiba a hora de parar de brincar
Que não vá a si mesma e a mim magoar
Que não pense apenas em beijar.

Quem sabe, talvez estou me enganando
Talvez eu esteja acreditando nessas minhas palavras
Talvez esteja delirando
Mas gostaria de saber se, daqui a cem anos
Os seres humanos ainda estarão se amando?

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