Vila Rica

Rejuvenesça, linda, cresça
Sorria, sem sutileza, à vida
Veja, sem importunos, sem mentiras
Paisagens, avenidas, colinas e jazidas
Minas, seja muito bem-vinda a minha vila querida
Visite a outrora Vila Rica, suba algumas ruas
Vire algumas esquinas, colonial será a sua vista
Eis meu mundo, de seixos ao chão,
E musas exalando beleza e paixão.

Tire algumas horas para contemplar
Um cafezinho na varanda, apreciando o Sol chegar
Não se desespere se ele atrasar, logo, logo acordará
Atente-se aos raios se repousando sobre os rios a frente
Guarde na mente a imagem bela da natureza
Aprecie, sem ambições, sua pureza.

O badalar adentrando o coração da montanha surpreende
A antiga locomotiva ainda queima o carvão, que estremece
Ferve calorento, arde e se liberta com o vapor, a fumaça
E, logo que o novo dia amanhece,
A viagem logo estará te levando para casa
Jamais se permita esquecer da modesta vila
Aquela, hoje tanto te fascina
Mas, volte algum dia para cá,
Para Vila Rica.

Seus Olhos Castanhos

Quero paz para você, linda
Quero dinheiro para você comprar o mundo
Quero te ver sorrir sem temer o desconhecido
Velejando por terras mágicas e mares profundos
Quero te ver disfarçando com aquele olhar
Tímido, como se houvesse uma plateia ao fundo
O dia está tão lindo, e você aqui dormindo
Do meu lado tenho meu corpo, meu espírito
Tenho tudo o que preciso, nada mais quero
Esse vínculo é precioso para mim, perdoe meu jeitinho
Sabe que tenho problema para expressar o que sinto
Por que não fazemos o seguinte,
Eu digo que te amo, ao pé de seu ouvido
E você me abraça, abaixo desse lindo arco-íris?

Às vezes é difícil explicar tudo o que se passa na minha mente
Você é meu tudo, logo, é complicado compactar
Não me entende? Tudo bem, só não esquece,
Que meus sonhos me fazem me apaixonar mais, e mais
Capaz? Por que não? Se a cada dia eu me pego,
Pensativo, enquanto te vejo sorrindo para mim
Que tranquilidade que me traz esses seus beicinhos
Aqueles, que você faz quando quer algo
Logo digo sim, sem hesitar, para te ver assim
Carinhosa, você entrelaça seu dedinho em meus cachinhos
Você gosta, não é? Me chama até de carneirinho
E eu, todo sem chão, digo, exaltado, que sou bravo, bravinho
Sei que não intimido você, mas tento
Tento, meio tenso, mostrar que sou forte
Para quê? Se você já me conhece a tanto tempo
Cruzamos nossas linhas a base da sorte, que ela hoje nos conforte
Como pode? Você chorar dizendo que me ama quando me sinto inútil?
Como um fósforo eu estouro, em chamas me conforto, me conformo
Foi quase lúdico nossa aproximação, e cá estamos, juntos
O quão único é o nosso sentimento? Não se assuste
Se um dia você acordar com uma garotinha linda te beijando
Só estou falando...